Como abordar a diversidade na sala de aula

Debates sobre diversidade estão cada vez mais presentes em nossa sociedade. Assuntos importantes que antes eram frequentemente negligenciados ou considerados tabu hoje são discutidos abertamente, influenciando mudanças políticas, culturais e sociais. Dessa forma, a comunidade escolar ainda está descobrindo quais são as melhores maneiras de falar sobre machismo, homofobia e racismo, por exemplo, o que acaba se tornando um desafio no dia a dia de trabalho de muitos professores. Por isso, às vezes se torna difícil saber como trabalhar a diversidade nas escolas.

Afinal, como é possível apresentar para as crianças as melhores formas de lidar com os preconceitos existentes sem gerar mais estigmas sociais? E mais, como auxiliar os alunos a aprenderem a empatia e desenvolverem o respeito ao próximo, independentemente da sua cor, gênero e orientação sexual?

Pensando nisso, a Creche Escola Jardim Oceânico, no Cachambi, Zona Norte do Rio de Janeiro, criou esse artigo para ajudar professores a trabalhar a diversidade e aceitação na sala de aula.

Como o educador deve lidar com a diversidade na sala de aula

Dentro das suas funções, o professor deve ser o primeiro a trabalhar a diversidade na sala de aula por um ponto de vista positivo, de modo a conduzir as crianças a um aprendizado mútuo a partir das diferenças particulares.

Para trabalhar a diversidade no ambiente escolar, o educador pode começar a buscar por nossas próprias origens, como etnia, modo de falar, descendência e ascendência, discutindo-as por meio de uma globalidade de definições e conceitos que esclareçam e fortaleçam as relações humanas e sociais.

É fundamental desenvolver nos alunos valores morais e resgatar a sua história e cultura para despertar uma visão crítica, possibilitando a readequação das suas atitudes sociais. Dessa forma, a escola forma participantes justos e solidários em sua própria comunidade.

Ao conhecer os fatos e compreender a pluralidade que os cercam, os alunos tendem a se sentirem responsáveis pela transformação do seu ambiente e de sua história. A base para lidar com a diversidade em sala de aula é apresentar e esclarecer os seguintes termos:

  • Preconceito: a ideia ou julgamento preconcebido, sobre um povo ou uma pessoa;
  • Discriminação: quando os preconceitos são externados com ações ou atitudes que ferem os direitos das pessoas, utilizando para isso, critérios injustos como religião, idade, raça, gênero etc;
  • Racismo: trata-se da superioridade de uma raça humana em relação às demais, características morais ou intelectuais pelo fato de se considerar superior a alguém.

Todo educador tem que estar consciente da importância de oferecer ao seu aluno um ambiente escolar que dê prioridade e estimule o respeito à diversidade, atuando na formação de cidadãos mais bem-educados, empáticos e respeitosos a ponto de se preocuparem com outros, tendo espírito de coletividade.

Vale lembrar que nunca é cedo demais para desenvolver a empatia e o respeito nas crianças.

Atividades para trabalhar a diversidade com os alunos

Invista em dinâmicas de integração

Diversidade não é sinônimo de desigualdade. Uma das melhores formas de ensinar isso para as crianças é por meio de dinâmicas de integração, permitindo que convivam com as diferenças a partir da mediação do professor. Assim, valores como o respeito e a empatia podem ser desenvolvidos com mais facilidade, já que elas estão trocando experiências com seus colegas.

Na sala de aula, o educador pode montar um painel da diversidade, o qual propõe a personalização de um boneco feito de cartolina ou qualquer outro material. Assim, cada aluno deve realizar a sua criação, colocando suas características ou desejos pessoais.

Em seguida, quando a brincadeira terminar, todos devem colar seus bonecos de mãos dadas e aplicá-los no painel, representando a união e o respeito pela diversidade que a própria turma apresenta.

Use personagens da literatura infantil

Outro método bastante eficiente é o uso da literatura infantil. As crianças se identificam facilmente com os personagens de seus livros e, por isso, fica muito mais fácil atrair a sua atenção. Vale lembrar que é sempre interessante apresentar novos títulos de acordo com a faixa etária da turma.

Com essa atitude, você consegue aproximar a ficção da realidade, auxiliando as crianças a entenderem que cada pessoa é única, apresentando características singulares que devem ser respeitadas. Uma das histórias mais clássicas para trabalhar o tema é a do conto “O patinho feio”, do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. Um exemplo brasileiro é o livro “Moça bonita do laço de fita” da escritora Ana Maria Machado.

Aplique atividades que estimulem a educação com valores

A valorização da diversidade é uma das premissas básicas do ensino integrativo. Educar os alunos em relação à aceitação e valorização das semelhanças entre as pessoas, bem como das características físicas ou emocionais que tornam cada sujeito único, faz com que a função social do respeito apareça.

Uma excelente forma de estimular essa valorização é por meio de atividades que fortaleçam os vínculos entre os alunos, propondo brincadeiras que ajudem a reconhecer a importância da amizade, do respeito, do amor ao próximo e da honestidade.

Fortaleça a autoestima com figuras representativas

Essa é a postura mais importante que um educador pode ter com relação a esse assunto. Assim como os adultos, as crianças também podem ter seu desenvolvimento limitado por preconceitos e imposições sobre sua aparência, habilidades ou preferências pessoais. Lançar mão da representatividade na sala de aula ajuda a deixar o preconceito de lado e a enfraquecer esses estigmas, além de potencializar a autoconfiança e a autoestima de cada aluno.

A Creche Escola Jardim Oceânico, no Cachambi, Zona Norte do Rio de Janeiro, está sempre pronta para tirar as suas dúvidas sobre crianças e educação. Acesse nosso site e venha conversar conosco.

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