Nem todas as famílias vivem a experiência do isolamento social da mesma maneira. No entanto, o que há de comum na situação dos filhos dessas famílias é que eles estão afastados da escola, dos colegas de classe e dos professores.
Essa distância, causada pelo isolamento social, tende a ser minimizada por meio das aulas online ou videoaulas. De qualquer forma, a criança sente e entende que algo está diferente do convencional e isso pode causar insegurança, maior para umas crianças, menor para outras.
Um diálogo cada vez mais aberto, para que uma escuta compreensiva e carinhosa aconteça, pode fazer os pequenos se sentirem mais acolhidos e menos pressionados a manter as mesmas expectativas do mundo pré-pandemia.
Escuta e diálogo
As crianças nem sempre sabem comunicar aquilo que sentem. Em momentos mais delicados, isso pode ficar mais evidente. Através da percepção do ambiente é que os adultos podem travar um diálogo aberto e claro sobre tudo o que está acontecendo.
Transparência é fundamental para lidar com a crise. Não é porque estão em formação, que as crianças não têm capacidade de entender e ser empática. Até em tempos de “normalidade”, os pais não conseguem responder a todas as perguntas dos filhos, imagine no contexto atual.
Muitas de suas questões são semelhantes às das crianças: quando sair novamente, quando reunir com amigos, quando voltar para escola/trabalho?
Essas perguntas levam a incertezas e impossibilidade de projeções. Portanto, não se deve esconder das crianças o contexto atual, mas abrir com ela um espaço de conversa que a faça entender o que está mudado e que permita a ela se expressar.
Adultos como referência
A escola como espaço de socialização propõe para a criança outras referências, que não as pessoas da família. É através deste convívio na escola, que a criança aprende a lidar com o que é diferente de dentro de casa e, com isso, aprende a conviver e respeitar o diferente.
Com as aulas interrompidas, a atenção dos filhos se fixa mais intensamente em seus responsáveis. Os pequenos vão repetir e espelhar as atitudes e comportamentos dos adultos. Neste caso, se os adultos se mostrarem mais dispostos para o diálogo, mais abertos a expor suas emoções e mais pacientes para brincar, é provável que as crianças os copiem.
Porém, é normal que as maiores cobranças venham de dentro de casa e, diante de uma convivência mais intensa, é preciso que as exigências sejam abrandadas, para que o filho se sinta à vontade com os pais e não com medo de não serem acolhidas ao expor aquilo que estão sentindo ou para não sentirem a responsabilidade de acolher aqueles que deveriam cuidar dela.
É preciso a criação de uma rotina. Mas, da mesma forma, é preciso permitir um espaço de conversa para a criança se sentir mais segura e entender a necessidade de se manter uma nova organização do dia a dia em casa.
A Creche Escola Jardim Oceânico incentiva a integração da família para superar esse momento com união, amor e afeto. Acesse nosso site para conhecer nosso trabalho.