Quantos “nãos” você tem dado por dia para o seu filho? Quantos desses “nãos” realmente valem o estresse? O quanto esse excesso de “nãos” está sendo produtivo?
Saber definir e bancar limitescom equilíbrio é uma arte. Um assunto de imensa importância e que merece muita reflexão.
A gente não tem dúvidas de que dizer “não” para as crianças – por mais que muitas vezes doa – faz parte. E traz uma série de benefícios.
O que a gente queria pensar e repensar aqui é a quantidade de vezes que os pequenos têm ouvido essa palavrinha. E também a forma como o “não” é falado.
Continue lendo e veja se concorda:
- Por que dizer “não” para o seu filho?
- Por que não dizer tantos “nãos” para o seu filho?
- 3 dicas para dizer “não” ao seu filho com mais leveza e eficiência
- Como o ambiente pode ajudar a cortar uns “nãos” para o seu filho
Por que dizer “não” para o seu filho?
Dizer “não” é uma forma de impor limites, o que é básico para o amadurecimento das crianças.
Negar alguns caprichos, ensinar a esperar e persistir, mostrar até aonde elas podem ir, tudo isso vai desenvolvendo a capacidade de lidar com as frustrações, as adversidades e os contratempos futuros.
Até porque, uma hora ou outra, elas vão se deparar com situações assim pela vida.
Resumindo: é um exercício que acaba trazendo valiosas lições, entre elas, perseverança, resiliência, paciência, empatia e, muitas vezes, até criatividade.
Na falta do que o seu filho quer, ele vai acabar inventando uma maneira alternativa de ficar satisfeito.
Por que não dizer tantos “nãos” para o seu filho?
Mas a gente acredita que esses “nãos” devem ser usados com moderação e de uma forma construtiva.
Primeiro porque o excesso de negativas acaba fazendo com que o seu filho acredite que está o tempo todo errado. E isso acaba afetando a sua autoestima.
Outro motivo é que a banalização de “nãos” acaba tirando a força e o efeito dessa palavrinha.
Além disso, ninguém, nem mesmo nós, adultos, conseguimos viver bem, sendo proibidos de tudo, durante todo o tempo.
3 dicas para dizer “não” ao seu filho com mais leveza e eficiência
É normal. Pelo cansaço e sobrecarga de tarefas, quando estarmos no piloto automático ou impacientes e até por repetição ao que ouvimos na infância. O fato é que muitas vezes a gente acaba gritando vários “não e pronto!” de longe. Sem nem pensar ou explicar os motivos.
Mas, sim, é possível dizer “não” para o seu filho com mais leveza, amorosidade e, como consequência, eficiência.
Trêsdicas são:
- parar e rever quais são os limites realmente importantes
Pensar do que você não abre mão na educação do seu filho. E bancar as negativas basicamente em relação a eles. E, claro, às situações que envolvem perigo iminente.
Ou seja, fazer uma lista do que realmente merece proibição e do que pode ser relevado.
O excesso de “nãos” colabora para deixar o ambiente de casa pesado, carregado de frustrações.
Por outro lado, essa redução de “nãos” encoraja a criança a explorar tudo em volta sem tantas inibições.
Mas já adiantando:esses itens são diferentes para cada pai e mãe, dependendo dos valores da família.
Por exemplo: para alguns, pode não parecer tão prejudicial deixar o filho brincar um pouco na chuva. Ou dormir um pouco mais tarde no fim de semana.
- explicar as razões pelas quais você está dizendo “não”
Isso faz toda diferença. Em vez de um sonoro “nãããão!” quando o seu filhote estiver subindo num armário para pegar um brinquedo, vale a pena parar e explicar as razões.
De preferência, olhar nos olhos dele e dizer que é perigoso subir ali, que ele pode cair e se machucar etc..
Nem que você tenha que repetir o motivo algumas (várias) vezes.
Com o tempo, a própria criança vai formando um senso do que não pode.
- apresentar alternativas para o que ele está fazendo
A ideia aqui não é que as crianças não se frustrem nunca. Isso, como já comentamos, é importante para desenvolverem algumas habilidades.
A intenção é ajudá-las a balizar positivamente. Irem formando seus parâmetros também do que podem fazer. E não só do que é proibido.
Quer um exemplo? Voltando ao filho que resolveu trepar no armário. Você pode explicar as razões por que ele não deve fazer isso. Mas pode ir além. Mostrar que é possível pedir a ajuda de um adulto ou (dependendo da idade) usar uma escada para pegar o brinquedo lá no alto.
Como o ambiente pode ajudar a cortar uns “nãos” para o seu filho
Por fim, mais uma dica estratégica para diminuir os “nãos” e trazer leveza ao ambiente familiar.
É sempre bom ter em mente que a dinâmica mudou. Antes eram só adultos em casa. Agora tem crianças pequenas também.
A dica aqui é planejar com antecedência um cenário que acabe levando naturalmente a mais “sins” do que “nãos”.
Tipo: colocar tampas protetoras nas tomadas ou – falando mais uma vez no brinquedo lá em cima do armário – deixar tudo que seu filho pode e precisa pegar em locais que não apresentem qualquer perigo.
Você já tinha pensado nisso tudo? Segue alguns desses passos no dia a dia? Age de outra maneira que dá supercerto? Tem dificuldade de negar algo para o seu pequeno ou, ao contrário, solta vários “nãos” no piloto automático?
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