Como conversar com crianças pequenas sobre abuso sexual

Quando e como conversar com crianças pequenas sobre abuso sexual?

Muito provavelmente você, como mãe ou pai, teve contato nos últimos dias com a polêmica provocada pelo filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, presente em alguns canais de streaming.

Acusado de fazer apologia à pedofilia, o longa reacendeu uma discussão que preocupa todos nós. Quando e como conversar com crianças pequenas sobre abuso sexual e outros temas equivalentes?

Para ajudar você a refletir sobre isso, nós, da Creche Escola Jardim Oceânico, preparemos este artigo.

Acreditamos que um diálogo honesto, feito com psicologia e pedagogia, é o melhor caminho para proteger nossos pequenos.

Continue lendo e veja:

  • Com que idade iniciar o assunto com seu filho?
  • Qual a melhor forma de abordar tudo isso com crianças pequenas?

Com que idade iniciar o assunto com seu filho?

“Eu tenho uma história para contar. Foi uma coisa que me aconteceu, meio difícil de entender, muito difícil de falar.” Esta é a abertura do livro: “Não me toca, seu boboca!”, publicado pela Aletria Editora.

Ele conta a história de Ritoca e seus amigos, que conhecem o “tio Pipoca”. Um sujeito gentil e sorridente, mas que acaba se tornando um pesadelo.

A ideia é ajudar os pais – por meio da leitura em família – a abrir os diálogos sobre a violência sexual infantil.

Junto com isso, de maneira lúdica e leve, mostrar o que fazer para evitar que as crianças sejam levadaspelos papos e atitudes de abusadores de todos os tipos.

E, sim, quanto antes você puder fazer isso, melhor. Antes mesmo de começar a se comunicar verbalmente com você, seu filho já deve começar a ser preparado.

Claro que com uma abordagem adequada à idade dele. E é sobre isso que nós vamos comentar agora.

Qual a melhor forma de abordar tudo isso com as crianças pequenas?

Durante a primeira infância, a gente não precisa falar sobre órgãos genitais ou coisas do tipo. Esse assunto fica para mais tarde.

Mas, se o seu filho tem até 6 anos de idade, já dá para mostrar(e ensinar) a importância de construir os limites. O que ele pode e deve consentir.

Vale a pena desde já ajudá-lo a se sentir seguro e confortável para ouvir seu corpo, respeitar suas próprias vontades e saber dizer “não”.

Isso não precisa ser ensinado apenas com palavras. E nem só em situações que envolvem pessoas com más intenções.

Um exemplo clássico é quando algum familiar, uma tia, por exemplo, vai dar um abraço na criança e ela não quer. Por mais que possa ficar chato ou parecer falta de educação, não force o seu filho a aceitar um beijo ou um abraço se essa não é a vontade dele.

Nossos comportamentos e atitudes muitas vezes têm mais peso do que as palavras.

Outras dicas que podem ser úteis são:

  • Ainda enquanto seu filho for um bebê, peça licença quando for tocar nas partes íntimas dele na hora do banho ou da troca de fralda. Explique o que e por que está fazendo aquilo de forma que ele se sinta respeitado.
  • Crie parâmetros junto com ele. Deixe claro quem pode (e quem não pode) ir junto ao toalete, ajudar a mudar a roupa etc..
  • Incentive sempre o diálogo aberto e honesto. Valorize e valide tudo que a criança disser, de forma que ela se sinta tranquila em contar o que acontece, tirar dúvidas etc..

Você não está sozinho nessa luta

Mas essas são apenas algumas sugestões para começar.

Se você quiser falar mais, deixar comentários aqui na página, trocar ideia, perguntar qualquer coisa, nós da Creche Escola Jardim Oceânico teremos prazer em continuar esse papo.

Garantir um futuro saudável – física, mental e emocionalmente – para as crianças é parte do nosso propósito.

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