Celular na hora de comer

Meu filho só come com o celular na mão. E agora?

Se o seu filho só come com o celular na mão, calma. Nós vamos compartilhar neste artigo algumas dicas úteis e simples para ajudar você a mudar isso.

Mas antes saiba que você não está sozinha.

Essa é a realidade de muitas crianças, adolescentes – e até bebês – pelo mundo.

Infelizmente comer com o celular na mão virou tendência

Agora mesmo, no início deste ano, um restaurante australiano que queria incentivar refeições prazerosas, saboreadas em família, promoveu uma ação muito bem intencionada.

Quem deixasse o celular de lado na hora da comida teria 10% de desconto na conta.

O resultado é que uma foto – do pai à mesa sorrindo e as filhas tristes sem poder usar seus aparelhos –  acabou viralizando. E, na prática, isso comprova o quanto as novas gerações acostumaram-se a não se sentir saciadas sem seus smartphones ou qualquer outro tipo de tela, enquanto se alimentam.

Mas isso não é motivo para você desistir. Pelo contrário, seja firme e criativa. Até porque os prejuízos de comer dessa forma são vários.

Quais os prejuízos do seu filho comer com o celular na mão?

Segundo especialistas, comer prestando atenção aos alimentos contribui para percebermos nossa sensação de saciedade.

Quando, ao contrário, os olhos do seu filho estão grudados num celular, num notebook ou até na tevê, ele passa a agir no automático. Perde a consciência do quanto está satisfeito ou não. E, muitas vezes acaba devorando mais do que o corpo pede. Ou, então, menos do que o necessário. Mas depois vai procurar biscoito e outros petiscos práticos e menos nutritivos pela casa.

Além disso, usar telas nas refeições aumenta a produção de um hormônio ligado ao metabolismo das gorduras. Mais uma atitude que favorece a obesidade infantil.

Se o pequeno ainda não chegou aos 2 anos, tem outro motivo sério para combater esse mau hábito. Nessa idade, ele vive a fase oral. Ou seja, experimenta o mundo pela boca. Durante esse período – de intenso desenvolvimento cerebral -, grande parte do que ele aprende está ligado ao paladar.

Sem falar que estar à mesa com o celular prejudica um dos momentos mais importantes para a criança: é uma excelente hora para interagir com a família. Esse contato – quando é feito com qualidade – contribui para aumentar sua autoestima e até seu desempenho nos estudos.

4 dicas para que o seu filho largue o celular durante as refeições

Uma coisa é certa: sair brigando com a criança costuma piorar as coisas. Gera resistência.

Nessas horas, planejar com mais estratégia o ambiente de casa e abusar da criatividade são os mais indicados.

Veja algumas dicas abaixo que podem inspirar você.

1) Envolva seu filho desde a escolha e o preparo dos alimentos. Isso já ajuda a criar uma ligação afetiva entre ele e o prato servido, além de despertar o interesse pelo momento da refeição. Dependendo da idade que ele tenha, você pode: pedir para que ele decida quais vão ser as folhas da salada ou as frutas do suco, que meça a quantidade de água do arroz e até que arrume a mesa de forma criativa (não se esqueça de elogiar depois).

2) Transforme o horário das refeições num momento mágico. Claro que, nem sempre, no dia a dia, você vai poder caprichar na produção de um ambiente superespecial.

Mas já ajuda, por exemplo, levar um boneco para comer junto, investir em talheres e copos divertidos. E, eventualmente, forrar uma toalha no chão, como se fosse piquenique. Ou mudar o local da mesa. E até criar pratos lúdicos, com formatos de desenhos.

3) Lembre-se de que você é o maior exemplo do seu filho. Para incentivá-lo a comer sem celular, faça o mesmo. Se for possível, deixe o seu desligado e de preferência em outro cômodo da casa, durante o café, o almoço, o lanche e o jantar.

4) Transforme a criança numa “cúmplice” desse momento em família. É normal que os pequenos se sintam felizes por colaborar, quando a gente deixa claro o que espera deles. Invente uma tarefa, crie um desafio para o seu filho apresentar na mesa. Pode ser, por exemplo: o nome de um lugar que ele sonha em visitar, uma história que viveu ou ouviu na escola, um filme que ele assistiu ou qualquer outra atividade ligada a um assunto do interesse dele. E que gere conversa entre vocês.

 

Tecnologia, sim, mas na hora certa

Aqui na Creche Escola Jardim Oceânico não somos contra as telas. Pelo contrário.

Em um mundo cada vez mais tecnológico e conectado, é essencial que as crianças tenham acesso desde cedo à aulas de informática, desenvolvendo, assim, uma partitura corporal e consciência natural com a tecnologia.

Mas acreditamos que é importante haver um limite. E esperamos que essas dicas possam ajudar.

Se você passa por esse problema ou se tem alguma outra sugestão de como resolver o assunto, deixe aqui nos comentários. Teremos grande prazer em trocar mais ideia sobre isso.

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