Para toda a família a chegada de um bebê é 100% alegria. Ou melhor, para toda a família, menos para o irmão mais velho.
Para ele, isso também pode representar uma ameaça. O fim de um reinado. O começo de uma era de ciúmes e sentimentos de insegurança, impotência, raiva, tristeza e rejeição.
E não é difícil entender por que isso acontece.
O que fazer para amenizar os sentimentos envolvidos nessa mudança?
O pior é que tentar explicar racionalmente qualquer coisa não é suficiente para acabar com tudo o que ele está vivendo. A questão é mais profunda.
Envolve o que ele vê, o que sente, como interpreta cada passo da chegada de alguém com quem vai ter que dividir o amor da mamãe e do papai, os brinquedos, o quarto etc., etc., etc..
Mas algumas atitudes podem ajudá-lo. Foi por isso que a Creche Escola Jardim Oceânico preparou este artigo.
Continue lendo para ver o que fazer. E o que não fazer.
6 dicas para você aplicar antes, durante e depois da chegada do irmãozinho.
1) Empatia, empatia, empatia.
Este é o ponto de partida para todas as outras dicas. Coloque-se no lugar do seu filho e tente imaginar como você se sentiria se ele tivesse acabado de ganhar outra mãe.
E pior: se estivesse muito empolgado e extremamente cuidadoso com a novidade. Pedindo que você fizesse silêncio para a outra mãe dormir tranquilamente. Que não ligasse, caso a outra mãe quebrasse algo seu. Que abrisse espaço no seu quarto para que a outra mãe ganhasse uma caminha.
Se é um desafio para um adulto, mais ainda para uma criança.
2) Envolva-o em todas as etapas desde a gravidez.
No fundo, tudo que ele quer é se sentir amado e importante. E isso pode ser trabalhado muito antes da chegada do bebê. Desde a gravidez.
Uma boa ideia de começar a fazer isso é envolver o mais velho em todas as etapas.
Alguns exemplos: ele pode acompanhar você nas ultras, ouvir o coraçãozinho do feto bater, ajudar a decidir detalhes do quarto e até o nome do irmão.
3) Saindo do automático nas palavras e atitudes.
É normal a gente fazer ou falar coisas no automático. E não parar e pensar em como aquilo está atingindo o outro.
Mas aqui vale um exercício não só de empatia, como também de auto-observação. Preste atenção no que faz quando estiver na presença do seu filho mais velho. E pense no que gostaria de ver ou ouvir, se você fosse ele.
Por exemplo: se você está no telefone empolgada, comentando com uma amiga como é o bebê, aproveite para contar também algo sobre o primogênito com o mesmo (ou mais) entusiasmo.
Na volta da maternidade, peça para o pai segurar o recém-nascido, enquanto você entra em casa junto com o maior.
São gestos simples, mas que comunicam nas entrelinhas o quanto ele continua sendo especial e amado por você.
4) Não julgue ou faça com que ele reprima suas emoções.
Na cabeça do irmão mais velho, o menor chegou para destruir a sua vida. Muitas crianças usam literalmente este termo.
É natural que ele sinta um mix de emoções negativas e dolorosas. E que chegue a ter atitudes agressivas com o caçula.
Claro, não deixe que ele machuque o neném.
Mas não castigue e nem saia gritando. Também não o obrigue a fazer coisas que não queira, como ter que emprestar seus brinquedos e objetos para o irmão.
Atitudes assim afastam. E agravam o turbilhão de sentimentos que ele tem.
Nossa sugestão é: acolha-o, não reprima nada, mostre o quanto você o ama e o entende. Faça com que ele se sinta seguro, sabendo que nunca perderá seu lugar.
5) Não deixe que tudo na casa gire em torno do bebê.
Quando a gente tem uma criança novinha, a rotina da casa acaba mudando. Passa a girar em torno dela e dos cuidados necessários.
Mas vale a pena se policiar e colocar alguns limites nisso, respeitando as individualidades de cada um. Como estamos falando aqui sobre o filho mais velho, que tal:
- reservar um espaço só para os brinquedos e objetos dele;
- organizar momentos de qualidade – nem que seja meia hora por dia – para fazer algo diferente só com ele.
6) E na hora da creche?
Outra questão delicada é a hora em que o filho mais velho tem que sair, por exemplo, para a creche, a escola ou qualquer outra atividade. Afinal, isso envolve uma separação.
Imagina passar algumas horas longe, enquanto sabe que o menor está lá, o dia inteiro entre os colinhos e cuidados da mamãe.
Para aliviar, duas observações finais:
- Primeiro, com essa vida social, ele começa a descobrir e valorizar novos estímulos. Ele sai daquele ambiente para ver outras pessoas e perceber que o mundo não se resume só à mamãe e ao papai;
- Depois, em espaços como o nosso, é possível matricular o caçula também. Atendemos crianças a partir de 3 meses.
Se este é o seu caso, agende uma visita e venha nos conhecer.